18 de janeiro de 2008

a dança das aranhas

com a noite, aos pares
descem.
rodam, sonham, fingem,
tecem,
e, ao luar, um palco
pedem.

iniciam a dança.
flauta
docemente o vento
sopra;
e o úmido piano,
frio e
pesaroso orvalho,
chora.

passam toda a noite às
voltas,
as negras e harmônicas
sombras,

e os insetos ficam
tontos,
como mortos caem
tantos!
e, enlevados, dormem
quando
as aranhas dançam
tango.

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