verão ardia em mim
sequei seu sol febril com
paracetamol
Postado por gustavo às 23:53 1 comentários
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gordinha de rosto redondo a brilhar sob o sol da manhã,
seus olhos de amêndoa, pequenos, inchados, me fazem sorrir.
a boca que enfeita sua face me encanta, se come a estourar;
se enche a barriga, tão lisa, tão mole, me explodo em tesão.
saudável é seu beijo de almoço, de lanche, de doce ou jantar.
gostoso é abraçar, é pegar o seu corpo pesado, um barril.
desejo passar toda a vida ao seu lado, gordinha, meu bem,
gastar meu salário cevando você, minha eterna paixão!
Postado por gustavo às 19:44 2 comentários
ai, não!
cortem minha mão!
me estrangulem
mas evitem que as rimas pobres
(que essas cínicas rimas fáceis),
como limas podres,
desçam pelo pescoço,
pela veia ou pelo osso (!),
e caiam, esbagaçadas,
conjugadas no mesmo tempo
e modo verbal,
de mesma classe
gramatical,
e rolem pelo papel,
fedidas e esbagaçadas,
repetidas e repetidas,
para sempre!
Postado por gustavo às 19:32 0 comentários
saudade é uma parede
verde, de um erva-doce,
suave, nua, iluminada,
que estivesse, talvez, num hall,
num corredor, e não tivesse
em si aquilo que nunca
deveria faltar:
um espelho,
bem no centro.
Postado por gustavo às 02:22 0 comentários
Tem serpente
semelhança
de auto-estrada,
construída
pela ânsia
de mover-se
pela forma
infinita
e sinuosa.
De ansiedade
vibram guizos:
atropelo
nas escamas
de concreto
colorido
corre o espaço,
venenoso,
assassino.
A bocarra
escancara
em viaduto;
bifurcada,
se contorce
e raivosa a
cauda engole:
se transforma em
Oroboros.
Postado por gustavo às 14:21 0 comentários
com trinta e cinco mil
quinhentas e quarenta e duas
cajadadas,
matei dois
coelhos.
Postado por gustavo às 14:00 0 comentários
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